Pelas atitudes da criança é possível detectar que ela sofreu abuso sexual? Como detectá-las?
Publicado por: Gabriela Paiva em 17/12/2010
Categoria: Psicologia
“Uma criança que sofreu de abuso sexual apresenta alterações nas suas principais condições psicológicas”

Gabriela Torres de Almeida Paiva: O abuso sexual infantil traz graves consequências para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo tanto para a vítima como para toda a sua família. Este é caracterizado por carícias mais sutis ou através de relações sexuais orais ou genitais.
Há uma prevalência das vítimas do sexo feminino e a idade do início dos abusos varia entre os 5 e 12 anos de idade. Na maior parte dos casos, o abuso ocorre dentro de casa, sendo o agressor uma pessoa muito próxima à família, podendo este ser, por exemplo, o próprio pai, o padrasto ou o tio. Há um maior índice de o agressor ser do sexo masculino e, além disso, ser uma pessoa comum, sem necessariamente possuir antecedentes criminais.
Uma criança que sofreu de abuso sexual apresenta alterações nas suas principais condições psicológicas. Sendo assim, aquela família que é muito próxima a criança, que conhece o seu comportamento padrão, pode detectar alguma alteração de ordem psíquica e comportamental nela. São diversos esses tipos de alterações, tendo cada criança à possibilidade de manifestar um quadro diferente de outra que também tenha sido abusada sexualmente. Porém, em geral, após o abuso, a criança pode demonstrar: problemas relacionados à sexualidade; inibição afetiva e social; isolamento; agressividade com pessoas a sua volta; falta de limites; dificuldades na escola; sentimento de culpa; desconfiança; e comportamentos delinquentes (infrações ou delitos). Com esses sentimentos de medo, raiva e vergonha presentes, faz-se necessário um acompanhamento psicológico com essas crianças abusadas, de forma que amenizem ou não as deixe desenvolver um quadro de Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
A criança busca na maioria dos casos a mãe para contar do ocorrido, porém, muitas vezes não fala sobre o assunto devido ao medo que sente do seu agressor. Muitas vezes este chantageia a vítima à custa de ameaça, de forma que ela mantenha em segredo o ocorrido. Com isso, é comum que essa criança prefira manter-se distante do agressor.
Para a segurança e o bom desenvolvimento psíquico de qualquer criança, é fundamental que a família propicie um ambiente seguro e com bastante diálogo. A criança que possui um ambiente de confiança e um espaço para se abrir é capaz de falar sobre as suas angústias e os seus medos. Sendo assim, caso o seu filho (a) esteja apresentando algum desvio de comportamento padrão, caracterizado por alguma alteração citada anteriormente, vale investigar e principalmente promover um diálogo com ele, de forma que ele se sinta confortável para falar sobre o assunto que o esteja incomodando.


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