A tricotilomania (TTM) consiste em um distúrbio do controle dos impulsos que se caracteriza pela copiosa tendência a arrancar ou puxar os próprios cabelos. Esta condição tem sido classificada como transtorno do controle dos impulsos.
O termo tricotilomania foi descrito pela primeira vez pelo médico francês François Henri Hallopeau e é oriundo da junção de três palavras gregas: trich=cabelo, tillo=arrancar e mania=loucura ou excesso de atividade.
Nesta patologia, os pacientes sentem uma vontade incontrolável de arrancar os próprios pelos, em especial, os cabelos; contudo, pode abranger também os cílios, sobrancelhas, pelos pubianos, entre outros pelos que compõem o corpo.
Existem diferentes teorias envolvendo a etiologia da TTM. Dentre elas, estão:
-Desequilíbrio químico;
-Problemas de ordem genética;
-Etiologia alérgica, resultante de uma dieta inadequada.
Todavia, ainda não se conhece a real causa da TTM. Estão sendo realizadas diversas pesquisas em busca da etiologia deste distúrbio.
Acreditava-se ser um transtorno raro, mas sabe-se hoje que aproximadamente 4% da população apresenta tricotilomania. As mulheres são 4 vezes mais acometidas do que os homens. O início geralmente se dá antes dos 17 anos de idade. Início precoce é considerado antes dos 6 anos de idade, nessa fase a incidência é igual para ambos os sexos, a intervenção psicológica costuma ser bem sucedida quando o início se dá nessa época. Após os 13 anos é considerado início tardio e nessa fase ocorre mais em meninas sendo de mais difícil controle.
SINTOMAS
Acompanhado o ritual de arrancamento dos pêlos geralmente as pessoas com esse transtorno fica alisando, enrolando e puxando os pêlos alvos. Esse ritual pode ser realizado enquanto se assiste à TV, dirige um carro, fala ao telefone, enquanto lê ou mesmo durante conversas com pessoas mais íntimas. Enquanto se realiza esse ritual a tensão se eleva e um desejo incontrolável de arrancar o pêlo se impõe, após o arrancamento há imediatamente uma sensação de alívio da tensão seguida de culpa por tê-lo feito. Muitas pessoas depois de arrancar o cabelo ou os pelôs põem-no naboca e engolem. Como o arrancamento é realizado sobre locais específicos logo surge uma região de visível falta de pêlos levando a pessoa a adotar um comportamento para escondê-lo, principalmente quando é na cabeça. Situações que podem expor a calvície como programas em piscinas e praias por exemplo. Apesar dos prejuízos pessoais o comportamento continua. Algumas vezes o remorço por ter arrancado o cabelo leva a um comportamento de auto-punição, e como punição arranca-se mais cabelos.
TRATAMENTOS
As ténicas comportamentais, a hipnose e os antidepressivos estão entre as condutas que obtêm melhores resultados. Os antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina apresentam bons resultados no início do tratamento mas não mantêm o benefício.
Tentativas têm sido feitas com outros psicofármacos associados a esses antidepressivos como o lítio e a pimozida. Os resultado foram encorajadoes mas precisam ser confirmados. Aconselha-se que as medicações sejam administradas em conjunto com psicoterapia.
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